Livro "Piano Vermelho" de Josh Malerman (COM SPOILERS)

"Piano Vermelho" com sorvete para ver se seu enredo fica menos amargo.😎

Impossível ler Piano Vermelho sem se lembrar de Caixa de Pássaros, não é mesmo? Josh Malerman foi incrível ao escrever o livro que deu origem ao filme protagonizado por Sandra Bullock, mas sua segunda obra ficou confusa e extenuante. 

A história do livro se resume à banda Danes, composta por Duane Noles (bateria), Larry Walker (baixo), Ross Robinson (guitarra) e Philip Tonka (piano). Banda esta formada por ex-combatentes de guerra (pertencentes à banda militar), que em Detroit alavancaram um sucesso, a música "Be Here", mas que foram "esquecidos" sem novos sucessos musicais. Os Danes receberam a missão do governo de voltarem a ser militares e descobrirem a origem de um som no meio do deserto do Namibe que desarma até ogivas nucleares. Em contrapartida, cada integrante ganharia 100 mil dólares. Proposta tentadora! Eles aceitam e vão para o deserto atrás desse som, junto com eles participam dessa missão Sargento Lovejoy (Louro Maluco), Stein (fotógrafo) e Greer (historiador).

O enredo em si tinha tudo para ser envolvente, principalmente porque Philip estava todo destruído depois de acordar em um hospital militar seis meses após chegar sozinho do deserto. Fato que com certeza aguça nossa curiosidade. Acrescente a isso a enfermeira Ellen que aparentemente sabia discernir o certo do errado e aparentava ser uma ótima aliada de Philip.

 Apesar disso, duas coisas me incomodaram: o fato de que a maior parte das personagens não foram aproveitadas como deveriam, ficando sempre em segundo (ou até terceiro) plano. Como foi o caso de Lovejoy, um militar misterioso, que preferia fazer a esperar autorização. Personagem interessante e que poderia ser mais bem aproveitado na trama.

Além disso há trechos sem nexo tais como o médico aparecer nu para o paciente apenas para mostrar a ele um corpo saudável (como assim?) ou a enfermeira Ellen que abandonou sua vida para se dedicar a Philip e foi ouvir música com ele depois de ver todos os seus ex-colegas de serviço contorcidos e mortos no hospital (😱).

Posso até atenuar a atitude do médico ao afirmar que ele era louco, cego por fama e poder, uma vez que ele queria se envaidecer ao mostrar aos "chefes" o quão rápido o paciente estava se recuperando, mas teria que forçar muito ao querer explicar a atitude de Ellen diante do massacre supracitado. Principalmente por ela ser uma personagem apresentada como alguém preocupada com o que é certo.

Enfim... Depois de Caixa de Pássaros, Piano Vermelho não teve o mesmo brilho....

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Piano Vermelho - Josh Malerman 

Livro "Os prós e os contras de nunca se esquecer" de Val Emmich

Sempre escolhia livros pela capa ou pela sinopse, mas vem o clube Intrínsecos e desmorona o meu modo de ver e escolher literatura. Quando li a sinopse, fiquei tentada a não ler o livro, pois não gostei nenhum pouquinho da prévia desta obra. Apesar desse sentimento inquietante, me obriguei a lê-lo e, mais uma vez, me surpreendi com a escrita leve do autor e com a personagem Joan. Estou simplesmente apaixonada por ela.

O livro conta sobre a convivência entre Joan e Gavin. Este, de luto pela morte de seu marido, perdido na confusão de pensamentos, sentimentos e descobertas de ter de viver sem seu amado; aquela com uma doença rara que a faz lembrar com detalhes de cada experiência vivida, mas de tanto lembrar, teme ser esquecida. É uma amizade inusitada, porém cativante. Esta obra mostra algumas faces do amor, sentimento que move a todos nós em algum momento da vida.

" [...] primeira lição do amor: um pouco de desconforto é um preço pequeno a pagar." (Fala de Gavin, pág. 107)

Você já ouviu falar nesse livro? Já leu alguma outra obra do mesmo autor? Conte-nos suas impressões e sentimentos sobre essa ou outra obra.

Obrigada pela visita

Forte abraço

BelaCris Souza

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Fonte da imagem: https://www.websta.org/tag/intr%C3%ADnsecos

Livro "O desaparecimento de Stephanie Mailer" de Joël Dicker

É o primeiro livro enviado pelo clube de leitura Intrínsecos. A capa minimalista, de cor única, gerou muitas críticas e preconceitos quanto à obra. Confesso que não gostei da capa assim, sem arte alguma. Compro livro pela capa (isso é inegável), porquanto gosto de namorar sua arte e imaginar qual seria a imagem que ela esconde. As imagens nela presentes me motivam a ler e, depois de lido, fico pensando na história e comparando-a com a arte da capa, vendo qual parte da história é retratada ali.

Por causa disso, devido a esse meu preconceito, demorei muito começar a ler o livro "O desaparecimento de Stephanie Mailer", mas quando iniciei.... Nossa! Não consegui parar de ler. É uma obra fascinante, viciante e envolvente. Com uma linguagem clara e fluida, transforma palavras em arte. Perfeita!!!

Conta a história de uma investigação criminal. Dereck e Jesse investigam a morte de quatro pessoas, mas prendem a "pessoa errada", enquanto o verdadeiro assassino volta a matar depois de 20 anos no anonimato. Então, tudo volta à tona. Eles ERRARAM!!! O investigador dito 100%, não resolveu, afinal, todos os casos que eram de sua responsabilidade. Ainda há um a ser desvendado e eles o fazem de modo avassalador.

Eu amei essa obra e me envergonho de ter demorado tanto tempo para ler um romance policial tão maravilhoso. E você? Já deixou de ler um livro pela capa? Qual? Conte-nos sua experiência.

Grande abraço

BelaCris Souza

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Livro "Existo, existo, existo" de Maggie O'Farrell SPOILER

Mais um post, mais um livro. "Existo, existo, existo" é uma obra incrível da escritora Maggie O'Farrell; veio na tão esperada caixinha de novembro da TAG Inéditos. Contudo, CONFESSO que perdi a conta da quantidade de vezes que pensei em abandonar a leitura desse livro, jogá-lo em um canto qualquer e nunca mais sequer olhar para ele. A obra em questão é autobiográfica (gênero que não sou lá tão fã!) e trata dos momentos em que a autora passou perto da morte. Achei, inicialmente, as histórias confusas, não conseguia entender por que a autora simplesmente não colocou suas lembranças em ordem cronológica e por que ela não terminou a narração de alguns trechos (como no capítulo Crânio 1998 e Corrente Sanguínea 1997). Só quando terminei de ler é que entendi que ela estava deixando o melhor para o final. Só quem já é mãe (ou pai rsrsrs) ou sempre desejou ser, entende exatamente o que ela passou e compreende seus tropeços na morte.

Os capítulos estão na ordem das lembranças, estas vêm em nossa mente independentemente do arranjo cronológico tal qual no livro. "Existo, existo, existo" é um conjunto de experiências vividas pela autora que a transformou de forma a mudar sua percepção de mundo, fato que deixa a narrativa interessante.

Não foi o melhor livro que já li, mas foi um dos poucos que me fez chorar...

E você, querido leitor? Já leu essa obra? Conte como foi sua experiência com ela. Sua opinião é muito bem vinda e necessária.

Forte abraço

BelaCris Souza

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Livro Caixa de Pássaros de Josh Malerman

Os fãs de Sandra Bullock aguardam com ansiedade o lançamento do filme "Caixa de Pássaros" baseado no livro de Josh Malerman e COM RAZÃO. Além de ótima atriz, essa obra é simplesmente incrível!

É uma tensão do início ao fim. Retrata um mundo "pós-apocalíptico" em que criaturas não podiam ser vistas, se o forem as pessoas (e os animais) enlouqueceriam, tendo um impulso violento e incontrolável que acabaria em suicídio. É um suspense de tirar o fôlego! Imagina você ser proibido de ver, uma experiência corriqueira. Tudo o que aprendemos é baseado na visão e isso é simplesmente retirado dos personagens no livro. Ai! E no final quando ela fica frente a frente com a criatura?!!! Aaaaaaaaaa! Que angústia! Kkkkkk

Eu costumo ler um livro depois do outro, sem pausa alguma. Mas após a leitura de Caixa de Pássaros, precisei de um tempo para recuperar o fôlego kkkk. Os sentimentos que tive no decorrer do livro me fizeram perceber o quanto somos dependentes da visão e como a loucura é separada da lucidez por um fio tênue e frágil.

E você? Já leu esse livro? O que achou dele? Poste aí comentários sobre essa obra e sugestões de livros do mesmo gênero.

Grande abraço

Bela Cris Souza

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